Iniciamos a nossa visita a lojas de roupa de segunda mão na loja "Baú", em Campo de Ourique. Nesta loja, podemos reparar que a oferta de roupa vai desde marcas como Tommy Hilfiger até a marcas mais básicas. Uma boa hipótese para quem quiser comprar peças de roupa, de marcas mais conceituadas, a preços bem mais baixos que os originais.
Ana Rita F.:Se uma pessoa quiser vender a sua roupa aqui na loja, quais são os procedimentos?
Colaboradora: "As pessoas vêm aqui, trazem a respectiva roupa, que passa por um processo de selecção e fica aqui na loja à consignação durante três meses. Por outro lado, dado que a loja pertence à "Associação dos Rotários” , temos também um carácter mais social, ou seja, toda a roupa não vendida durante os três meses é doada a instituições de caridade. Obviamente que antes perguntamos às pessoas que nos venderam a roupa se estão dispostas a doar as peças de roupa às instituições. "
Ana Marta S. : Acha que a crise levou mais pessoas a recorrerem a este tipo de comércio, para comprarem roupa?
Colab.: "Eu acho que crise é relevante. Nota-se que vêm aqui à loja cada vez mais pessoas de um classe social média-alta. "
A.M.S : Ainda existe preconceito da parte dos portugueses na adesão a este tipo de lojas?
Colab: "No estrangeiro há imensas lojas de roupa em segunda mão , que vendem artigos de boa qualidade. É normal ver as crianças muito bem vestidas com roupa de segunda mão. Mas mesmo os adultos recorrem a este tipo de comércio. Obviamente que nem todas tem grandes marcas, nem têm roupas em execelentes condições, há que saber escolher. Mas o português, não percebo porquê que não adere a este tipo de lojas, até porque tem um nível de vida muito mais inferior que de outros países que recorrem a estas lojas. Muitas das pessoas ,em Portugal, ainda se sentem inibidas de entrar nestas lojas."